quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Se eu tiver apenas um ano a mais de vida…


 Mas é preciso escolher. Porque o tempo foge. Não há tempo para tudo. Não poderei escutar todas as músicas que desejo, não poderei ler todos os livros que desejo, não poderei abraçar todas as pessoas que desejo. É necessário aprender a arte de “abrir mão” – a fim de nos dedicarmos àquilo que é essencial.



arte: Gianni Strino

A vida é assim: a gente escolhe um caminho na esperança de que ele vá nos conduzir a um lugar de alegria. Tolos, pensamos que a alegria está ao final do caminho. E caminhamos distraídos, sem prestar atenção. Afinal de contas, o caminho é só caminho, passagem, não é o ponto de chegada. Com freqüência, a gente não chega lá, porque morre antes. Mas há poucos que chegam ao lugar sonhado – só para descobrir que a alegria não mora lá. Caminharam sem compreender que a alegria não se encontra ao final, mas às margens do caminho. Não foi isso que disse Riobaldo? “O real não está na saída nem na chegada; ele se dispõe para a gente é no meio da travessia…”

trechos livro: Variações Sobre o Prazer - Rubem Alves

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