"Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre. "
Fernando Pessoa
A vida é uma coisa pequena!, escreveu certa vez Robert Browning. Mas uma coisa pequena pode significar uma vida. Até mesmo duas vidas. Eu me lembro bem disso. Há dois anos, no centro de Denver, meu amigo Scott Reasoner e eu vimos algo minúsculo e insignificante mudar o mundo, mas ninguém mais pareceu perceber.
Era um desses dias lindos em Denver. Claro como água, sem umidade, nenhuma nuvem no céu. Decidimos andar os dez quarteirões até um restaurante ao ar livre em vez de pegar o ônibus circular. Quando nos sentamos do lado de fora, o sol continuava a nos atingir em cheio e ficou cada vez mais quente. Não havia a mais leve brisa e o calor emanava do tampo da mesa. Nada se movia, exceto os garçons, é claro. E eles também não se moviam muito rápido.
Depois do almoço, Scott e eu começamos a andar de volta para o shopping. Ambos percebemos uma mãe e sua filha pequena saindo de uma loja de cartões em direção à rua. Ela segurava a filha pela mão enquanto lia um cartão de congratulações. Imediatamente percebemos que ela estava tão absorta na leitura do cartão, que não viu o ônibus circular vindo em alta velocidade pela rua, na sua direção. Ela e a filha estavam prestes a descer da calçada, quando Scott e eu, desesperados, decidimos gritar, alertando-a. Não havíamos ainda emitido nenhum som quando uma brisa inesperada arrancou o cartão da mão dela, fazendo-o voar por cima de seu ombro. A mãe parou e rodopiou para agarrar o cartão, quase derrubando a filha. Quando se virou para atravessar a rua, o ônibus já havia passado como uma flecha por ela. Ela nunca soube o que quase aconteceu.
Até hoje, duas coisas a respeito deste acontecimento me deixam perplexo. De onde veio aquela lufada de vento que arrancou o cartão das mãos da jovem mãe? Não houvera um único sopro durante o almoço ou nossa caminhada de volta ao shopping.
Em segundo lugar, se tivéssemos conseguido gritar, ela poderia ter olhado para nós enquanto continuava a andar na direção do ônibus. Foi o vento que a fez virar para reaver o cartão - na única direção que salvaria sua vida e a de sua filha. O ônibus que passava não criou o vento. Ao contrário, o vento veio da direção oposta.
Não tenho dúvida de que foi o sopro de Deus protegendo as duas. Mas o impressionante desse milagre é que ela nunca soube. Enquanto andávamos de volta para o trabalho, imaginei a freqüência com que Deus atua em nossas vidas sem que nos demos conta. A diferença entre a vida e a morte pode ser uma coisa pequena.
Era um desses dias lindos em Denver. Claro como água, sem umidade, nenhuma nuvem no céu. Decidimos andar os dez quarteirões até um restaurante ao ar livre em vez de pegar o ônibus circular. Quando nos sentamos do lado de fora, o sol continuava a nos atingir em cheio e ficou cada vez mais quente. Não havia a mais leve brisa e o calor emanava do tampo da mesa. Nada se movia, exceto os garçons, é claro. E eles também não se moviam muito rápido.
Depois do almoço, Scott e eu começamos a andar de volta para o shopping. Ambos percebemos uma mãe e sua filha pequena saindo de uma loja de cartões em direção à rua. Ela segurava a filha pela mão enquanto lia um cartão de congratulações. Imediatamente percebemos que ela estava tão absorta na leitura do cartão, que não viu o ônibus circular vindo em alta velocidade pela rua, na sua direção. Ela e a filha estavam prestes a descer da calçada, quando Scott e eu, desesperados, decidimos gritar, alertando-a. Não havíamos ainda emitido nenhum som quando uma brisa inesperada arrancou o cartão da mão dela, fazendo-o voar por cima de seu ombro. A mãe parou e rodopiou para agarrar o cartão, quase derrubando a filha. Quando se virou para atravessar a rua, o ônibus já havia passado como uma flecha por ela. Ela nunca soube o que quase aconteceu.
Até hoje, duas coisas a respeito deste acontecimento me deixam perplexo. De onde veio aquela lufada de vento que arrancou o cartão das mãos da jovem mãe? Não houvera um único sopro durante o almoço ou nossa caminhada de volta ao shopping.
Em segundo lugar, se tivéssemos conseguido gritar, ela poderia ter olhado para nós enquanto continuava a andar na direção do ônibus. Foi o vento que a fez virar para reaver o cartão - na única direção que salvaria sua vida e a de sua filha. O ônibus que passava não criou o vento. Ao contrário, o vento veio da direção oposta.
Não tenho dúvida de que foi o sopro de Deus protegendo as duas. Mas o impressionante desse milagre é que ela nunca soube. Enquanto andávamos de volta para o trabalho, imaginei a freqüência com que Deus atua em nossas vidas sem que nos demos conta. A diferença entre a vida e a morte pode ser uma coisa pequena.
Fonte(*): Livro "Pequenos Milagres II"
Autores: "Yitta Halberstam & Judith Leventhal"
(*) Este livro é uma coletânea de histórias reais acerca de "coincidências" que tocaram, de alguma forma, a vida das pessoas.
Olá minha amiga Claudia,
ResponderExcluirRealmente, pequenos milagres acontecem a cada instante, mas na maioria das vezes nem percebemos, são pequenas coisas, mas que podem fazer toda a diferença, que podem até mesmo mudar o nosso dia e a nossa vida.
Lindo texto!
Beijo, amiga.
Querida Ilca,
ResponderExcluirÉ verdade, concordo com isso e agradeço a Deus o milagre que ele faz em minha vida sempre, por mais que no momento em que ele está acontecendo eu não consiga perceber, tenho certeza que ELE sempre está operando em nossas vidas.